Com a deflagração do conflito largamente antecipado, a Rússia confirmou as previsões e invadiu maciçamente a vizinha Ucrânia, mas o embate entre os países da antiga URSS já acontecia há muito tempo, pelo menos no palco digital.
Desde 2014, quando a Rússia invadiu a região da Criméia, também em disputa com a Ucrânia, empresas e órgãos de segurança da informação internacionais que monitoram ataques, detectaram um crescimento na atuação de adversários de origem russa (também conhecidos como Bears) contra alvos privados e do governo da Ucrânia. Os ataques atingiram o pico entre o final de 2021 e fevereiro de 2022.
Somente o grupo conhecido Voodoo Bear afiliado ao órgão de inteligência russa (GRU) foi responsável por diversos ataque destrutivos em sites do governo no mês passado, como este defacement que foi colocado no lugar do site do ministério da agricultura ucraniano.
Segundo as últimas notícias, a guerra nos campos de batalha deve ter um desfecho rápido, mas no ciberespaço não há expectativa que termine tão cedo e, o que é pior, pode se espalhar para vizinhos, tanto os ex-URSS como outros alvos, inclusive da OTAN, pois a guerra digital não respeita limites, nem de distância, nem geopolíticos.